Saímos de casa para um simples jantar e vamos olhando ao nosso redor. Reparamos em várias pessoas, mas não conseguimos desviar o olhar de um olhar de um casal que discute de forma acesa num centro comercial. Não queremos revelar o teor da conversa, porque para nós esse está longe de ser relevante. Por outro lado, a nossa intenção até é bastante oposta a isso. O que queremos é chamar a atenção para este tipo de situações desnecessárias, na nossa opinião.
Também nós somos um comum casal e, como achamos necessariamente inerente a esta questão, somos os melhores amigos um do outro acima de tudo o resto. Claro que nem sempre estamos de acordo nas nossas opiniões. Bem pelo contrário. O tanto que temos de semelhante também o devemos ter em contraste. Não se trata somente de combinações perfeitas. Trata-se também de haver uma bucha e um estica; uma vegetariana e um declarado omnívoro; um treinador de guarda-redes e uma anti-desportista. Tem que haver aceitação mútua nas relações. Mas nem sempre é fácil aceitar e compreender as motivações ou atitudes do outro, e as discussões também podem ser algo saudável, não vamos fingir que não que a perfeição ideal é aquela que tem imperfeições acarretadas.
O que nós queremos que percebam é que as discussões podem ser tidas em privado. É que uma discussão como a que assistimos no centro comercial é uma discórdia de onde sai sempre um mais humilhado que o outro. As pessoas em volta vêem-se obrigadas a assistir e a entrar na intimidade do casal que se expõe e não é só algo que é desconfortável, é embaraçoso. Acima de tudo, é desnecessário. Virmos na rua e deparar-nos com tons de voz elevados, um a atacar o outro, quando na verdade deveria ser uma conversa para esclarecer o que houver para esclarecer, sem humilhações, sem ataques. Acima de tudo, deveria ser em privado. Porque só o par viveu a situação.
Costuma-se dizer que só quem vai no convento é que sabe o que lá vai dentro e é mesmo uma frase verídica. Não sabemos com clareza de factos o que se passou e tendemos a escolher um dos lados, desnecessariamente. Agora pensem quando se trata da família. Vamos necessariamente colocar-nos ao lado do ente que nos é querido, do nosso amigo, do nosso vizinho. Enfim, vamos estar do lado de quem conhecemos há mais tempo. No final, até pode nem ser esse o caso. Até pode, como é geral, não haver lados a escolher. São um casal e portanto até podem vir a resolver a situação, mas o desconforto não passa. As discussões acesas em público tendem a não ser esquecidas nem pelo casal em si, nem pelas pessoas que as ouvem. Por favor, não façam isso. Cada vez parece ser um acto mais viralizado, mas tão desnecessário que só queremos evitar que se repita. Não por nós, mas por quem sente essa necessidade de que entrem na sua intimidade. Vivam o amor... Como dizia alguém muito afamado, façam amor e não guerras!
Se sentirem necessidade de partilhar este texto com alguém, façam-nos esse favor e partilhem ao máximo. Nem precisam de ser directos. Uma partilha no facebook aqui. Uma partilha no instagram acolá. A mensagem chegará a quem de devido. Sejam felizes. E tão importante quanto isso, partilhem a felicidade, pois só assim é que valerá a pena!
Fotografias por: Vera Rute Oliveira.
Sigo o blog à pouco tempo mas adoro a vossa cumplicidade e espero que sejam muito felizes!
ResponderEliminarMuito obrigado pelo carinho deste comentário! Nós tentamos transparecer exactamente o que somos um para o outro. É bom ver que a mensagem chega de forma correcta. É ainda melhor saber que se gera felicidade! Esperamos receber a visita mais vezes. :)
EliminarAs discussões são saudáveis - e desconfio de casais que dizem não as ter -, porque há sempre opiniões divergentes, erros, mal entendidos... Tudo isso faz parte, e não é por causa disso que as pessoas se vão amar e respeitar menos. Agora, concordo totalmente convosco quando referem que essas discussões devem ser em privado. Não há necessidade de criar espetáculo em público, até porque aquele assunto só diz respeito ao casal.
ResponderEliminarDizer-se que não se discute nem é bonito. É irreal. É ficção. É má ficção. As discussões são saudáveis. São necessárias. Só que é necessário saber-se discutir com respeito, compreensão e amor! Mesmo nos momentos de revoltar internas...
EliminarNão poderia estar mais de acordo convosco! Nunca tive uma discussão assim em público!
ResponderEliminarSão completamente desnecessárias. É uma falta de respeito. As discussões são saudáveis... Mas isto é... desnecessário!
EliminarMas às vezes deve ser complicado e então se os dois forem bastantes teimosos. Um não se cala, depois fala, depois o outro responde e fala ainda mais alto,.....já assisti a cenas bem malucas e desse género,...
ResponderEliminarBeijinhos,
Espero por ti em:
strawberrycandymoreira.blogspot.pt
http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
https://www.instagram.com/marysolianimoreira/
Nós somos muito, muito teimosos. Sabemos bem como é. Mas não sabemos bem como é essa questão do cada um fala mais alto. É sempre na base do respeito. Se temos momentos em que fazemos umas birras um com o outro? Sim. Mas damo-nos perfeitamente bem porque analisamos e pedimos desculpa. Aprendemos com o erro e retomamos novamente, mas não a partir do zero, e com maior aprendizagem.
EliminarOlá
ResponderEliminarSou casada e sei que é preciso ceder e principalmente me colocar no lugar do meu marido (valido para ambos) para tentar compreender o “por que” e assim tomarmos “juntos” uma decisão boa para nós como um casal. Resolver assuntos intimo na presença de outras pessoas sempre é uma opção muito ruim.
Espero que esse casal fique bem, mas sem respeito é difícil qualquer relação ir adiante.
Até
Adriana Alves
www.viagenssaboresetc.blogspot.com
Não poderíamos concordar mais. Quem de facto procura uma vida saudável e feliz em casal, quem procura fazer com que a relação perdure, então há que existir essa base de respeito pelo outro...
EliminarJá estou com o David há oito anos em tantos anos não me lembro nunca de ter discutido dessa forma na rua. Acho que nem dentro de casa. Temos os nossos conflitos mas habituei-me, já há bastante tempo, que não quero alimentar discussões e por isso dizemos as coisas só uma vez um ao outro. Sem gritos. Depois se for preciso ficamos calados durante horas para no fim ficar tudo bem. Eu não quero ser como os meus pais que discutem por tudo e por nada. Que gritam. Quero um ambiente saudável onde podemos "discutir" algo sem insultar. Vamos ser sempre diferentes e só temos que respeitar isso. Quando viemos morar juntos já conhecíamos essas diferenças.
ResponderEliminarSem gritos é essencial. É preciso que haja respeito. Mas também necessário que existam discussões saudáveis. É muito, muito importante que haja comunicação entre o casal para que a relação funcione. É normal que depois de se começar a viver em conjunto com a outra pessoa, que se comece a perceber que há coisas incompatíveis. Isso é uma coisa. Outra completamente diferente é não se fazer o esforço por se compreender as diferenças. Por se tentar superar o que quer que exista. Isso é o amor. Isso é a vida a dois!
EliminarVotos das maiores felicidades para vocês!!