Dormir em conchinha - Toda a verdade escondida!

         Dormir em conchinha, o acto de, em casal, tentarmos ser um só enquanto dormimos. Para elas pode ser um refúgio, um local de protecção e das melhores sensações que se pode ter neste mundo; enquanto que, para eles, pode ser uma prova de amor, também um local de protecção ou... um tormento em que são atacados vivamente por um monte de cabelos que não parece ter fim, bem como por um corpo morto (ou sonolento, que a dada altura pode ser muito semelhante). O que temos a escrever sobre o assunto?! Toda a verdade! Afinal este é ou não um acto de união, de felicidade, de amor, de paz? É o que podem descobrir ao ler esta publicação!

        A questão é que não podemos ser egoístas e temos que procurar pensar em ambos os lados. Como poderá ser difícil fazê-lo para vocês, enquanto seres individuais, então nós, em conjunto, revelaremos toda a verdade sobre dormir em conchinha, para elas e para eles. Sim, porque há toda uma diferença de perspectivas para uns e outras... Vejam lá se concordam connosco:

        Geralmente cá em casa sou eu (a Telma) que insiste mais em dormir em conchinha. Adoro! Sinto-me mais segura, mais relaxada... mais feliz! Consigo adormecer rapidamente e dormir durante horas sem fim se se tratar de uma posição boa, com a minha melhor companhia para o efeito: o Pedro. Mas consigo perceber que, por mais que adore, lhe estou, muitas vezes, a causar sofrimento, por muito que me custe a admitir isto. Temos sempre que programar onde se posiciona o cabelo, para que ele não o coma, por exemplo.

         Não se riam, mulheres, porque eu (Pedro) aposto que os parceiros não se estão a rir por conseguir sentir a verdade disto! Por muito que gostemos de vocês, é uma situação difícil de contornar, essa questão capilar que não é, de todo, comestível. Claro que gostamos dos vossos longos cabelos... mas não de os comer! Contudo, não queremos deixar de vos provar que vos amamos, nem queremos enfrentar a vossa fúria ao achar que não vos amamos porque não nos apetece fazer uma posição de concha, por isso há que nos sacrificar. Nós fazêmo-lo com gosto ao vos sentir felizes... Mas dêem valor ao sacrifício sff e tentem atenuá-lo, tendo o cuidado de enrolar o cabelo e não o deixar simplesmente ao alcance de tapar algum canal respiratório.

        Ultrapassada a questão do cabelo, vem a questão do braço... Eu (Pedro) julgo estar a usar a palavra de homem para comunicar por todos quando digo que por muito que gostássemos de retirar o braço para que não vos incomode na vossa concha e nos permita desfrutar mais tempo da vossa companhia, num corpo-a-corpo, tal não é possível. Assim, quando estamos numa posição semelhante à da imagem, passados 5 minutos já estamos a passar por uma questão de sobrevivência: arrancamos o braço para não atrapalhar ou retiramos devagar o braço à espera de não acordar a fera que há na namorada? Garantimos que não é uma escolha fácil, quer de uma forma, quer de outra...

        Meninas, mulheres, elementos femininos no geral, da mesma forma que o braço não se desmonta, as pernas também não. Assim, quando nos prendem com toda a vossa força para que não fujamos eventualmente durante a noite, lembrem-se que se nos cortam a circulação sanguínea, vão ter que ficar sem nós, namorados, maridos, companheiros de vida, de uma forma ou de outra... Por muito amor que haja, nós temos que pensar na sobrevivência... O amor é muito bonito, mas sem vida não há amor...

        Mas desenganem-se se acham que esta questão de dormir em concha é só desagradável para eles... Nãããão! Eu (Telma) escreverei por todas nós em vossa/ nossa defesa! Adormecemos da forma que for, mas acabamos por ser pontapeadas e levar chapadas que nos impelem a desviar-nos do amor da nossa vida. Afinal, dormir é necessário para todos... só que nem todos o podemos fazer de forma tranquila! Há que saber que deitados na cama estaremos a enfrentar uma constante luta pelo poder. Uma constante luta para entender quem fica com que parte do espaço... E há que saber que às vezes vamos perder, por isso há que ficar atentas antes que acordemos a cair da cama abaixo...

         E a verdade é que não somos só nós, as mulheres, a querer dormir em concha. Eles também gostam da protecção, do carinho, de se sentirem amados, como nós. A questão é que eles são elementos do sexo masculino... Não conseguem perder uma oportunidade de nos presentear... COM BOMBAS ATÓMICAS! Por isso tenham cuidado quando tentam ser carinhosas... Algo pode estar prestes a acontecer e é tudo menos agradável! Depois não digam que não vos avisei. Há vezes em que ainda têm a lata de nos puxar para baixo dos cobertores, para sentirmos ainda mais esse seu poder astronómico... 

        Como já tiveram oportunidade de verificar, dormir em concha não é sempre agradável e simples. Bem pelo contrário, dormir acompanhado é saber que estamos perante uma noite longa de amor, carinho e felicidade... ou não! O mais provável é ser uma longa noite de sacrifícios, de pontapés, de defesa, mas também de ataque... Afinal, o amor é tudo isto! O amor é tudo isto e muito mais!!

        Por certo que a guerra dos sexos não tem de ser definida como nós a definimos cá por casa, ou pelo menos nesta publicação. A verdade é que as variantes vão mudando e afectando ambos. Não sabemos bem em que tipo de contos de fada começaram a falar de dormir em concha a noite toda, mas a verdade é esta: não é possível! Dormir em concha é uma falsa beleza. É uma falsa felicidade. Mas é amor verdadeiro. Isso foi o que quisemos transmitir com todo este texto. *Para bons entendedores de inglês, sejamos corriqueiros ao referir que, afinal, conchinha é mais ou menos isto: *

         Retirando isso, dormir em conjunto é saber que não existe essa mentira de dormir em conchinha, porque a cama é um campo de batalha, onde lutamos constantemente para ver quem fica com as almofadas, os cobertores e o seu espaço preferido na cama... Sempre com muito amor!

O que pensam vocês sobre o assunto? Concordam connosco?